O primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, afirmou que o governo irá agilizar a deportação de estrangeiros que não cumprem as leis do país. A declaração foi feita na sexta-feira (21), durante uma sessão do Comitê de Orçamento do Parlamento, em resposta a questionamentos do parlamentar Hideaki Takahashi, do partido Nippon Ishin no Kai.
Takahashi levantou preocupações sobre a convivência com estrangeiros que descumprem as normas, citando especificamente a comunidade curda na cidade de Kawaguchi, em Saitama. Ele afirmou que cerca de 3.000 curdos vivem concentrados na região central da cidade, o que, segundo ele, tem gerado problemas.
Em resposta, Ishiba enfatizou que seguir as regras é um requisito fundamental para a permanência no país e afirmou que o governo não permitirá que estrangeiros que descumprem as normas causem prejuízos à sociedade japonesa. O primeiro-ministro declarou que não é possível coexistir com estrangeiros que não cumprem as regras e que o governo tem a responsabilidade de garantir que essas pessoas deixem o Japão rapidamente.
O parlamentar reforçou sua preocupação citando um caso ocorrido na quarta-feira (19), quando um homem turco foi preso sob acusação de perseguição e agressão sexual contra uma mulher em um parque. Ele afirmou que incidentes desse tipo são frequentes e que a deportação deve ser aplicada de forma rigorosa e rápida.
Ishiba concordou com a necessidade de medidas mais rígidas e destacou que a deportação de imigrantes em situação irregular será acelerada. Ele também respondeu a críticas sobre a eficácia do controle de fronteiras, após Takahashi afirmar que “pessoas que a Turquia considera terroristas entram no Japão sem dificuldades, mencionando a Japan Kurdish Cultural Association, sediada em Kawaguchi, que o governo turco alega ter ligação com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Além disso, Takahashi questionou a política de aceitação de trabalhadores estrangeiros, mencionando que cerca de 10 mil estagiários técnicos desaparecem todos os anos e cobrando um controle mais eficiente sobre a entrada e permanência de estrangeiros no país. O primeiro-ministro afirmou que diferentes agências governamentais trabalharão juntas para reforçar o sistema de controle de imigração.
Fonte: Nikkei
