O mercado de trabalho japonês apresentou sinais de recuperação em agosto, com a taxa de desemprego caindo para 2,5%, conforme dados divulgados pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações nesta terça-feira (1º). Esse índice representa uma queda de 0,2 ponto percentual em comparação com o mês de julho, que havia registrado um leve aumento no número de desempregados.
O número total de pessoas empregadas no Japão subiu 0,4%, totalizando 67,91 milhões de trabalhadores, o maior número já registrado desde 1953. Por outro lado, o número de desempregados diminuiu em 8%, somando 1,72 milhão de pessoas sem emprego.
Mais empregos e novos horizontes
Entre os desempregados, cerca de 700 mil pessoas deixaram seus empregos por conta própria, uma redução de 13,6% em relação ao mês anterior. Ao mesmo tempo, 390 mil pessoas foram demitidas, o que também representa uma queda de 13,3%.
A autoridade do ministério explicou que muitos trabalhadores que abandonaram seus empregos em julho à procura de melhores oportunidades conseguiram recolocação no mês seguinte.
Shinichiro Kobayashi, economista sênior da Mitsubishi UFJ Research and Consulting, destacou que o aumento dos salários tem atraído grupos que tradicionalmente estavam fora da força de trabalho, como mulheres e idosos. “Com o aumento do salário mínimo em vigor a partir de outubro, é esperado que essa tendência continue”, afirmou Kobayashi.
Apesar dos sinais de recuperação, a taxa de disponibilidade de empregos caiu levemente, de 1,24 para 1,23, ou seja, 123 vagas disponíveis para cada 100 candidatos. Esse pequeno recuo mostra que algumas empresas continuam relutantes em ampliar suas contratações, impactadas pelo aumento dos custos, em parte devido à desvalorização do iene.
Setores em alta e baixa
O setor de informação e comunicação registrou um aumento de 1,4% nas ofertas de emprego em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, setores como hotelaria e restaurantes sofreram uma queda de 23,5% nas vagas, seguidos pelo setor de entretenimento, que viu uma diminuição de 12,3% nas oportunidades de trabalho.
Fonte: Mainichi
