O Japão está enfrentando um aumento nos casos de pneumonia causada pela bactéria Mycoplasma pneumoniae. O número de infecções vem crescendo rapidamente, causando preocupação entre as autoridades de saúde.
Segundo o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID), na semana de 15 a 22 de setembro, cerca de 500 clínicas e hospitais relataram uma média de 1,48 casos de pneumonia por estabelecimento, o que representa o maior número registrado para esta época do ano nos últimos 10 anos.
As províncias mais afetadas incluem Fukui, com uma média de 3,33 casos por instituição, seguida de perto por Tóquio e Gifu, que apresentam 2,8 casos em média. Prefeituras como Ibaraki, Osaka e Hiroshima também estão entre as mais impactadas.
A pneumonia por Mycoplasma é transmitida por gotículas no ar, geradas ao tossir ou espirrar, e seus sintomas incluem febre, tosse persistente, fadiga e dor de cabeça. Em alguns casos, a tosse pode durar semanas, e alguns pacientes necessitam de hospitalização. Embora seja mais comum em crianças menores de 14 anos, adultos também estão sendo afetados.
O professor Takeshi Saraya, especialista em doenças infecciosas da Universidade Kyorin, ressalta que a infecção pode ser tratada com antibióticos, e recomenda que pessoas com febre persistente ou tosse severa procurem atendimento médico. Segundo ele, o tratamento precoce é essencial para evitar complicações.
Especialistas também acreditam que o aumento dos casos esteja relacionado à redução das medidas de prevenção que foram amplamente adotadas durante a pandemia de COVID-19, como o uso de máscaras e a limitação de contatos sociais. Tsuyoshi Kenri, do NIID, alerta que as infecções por Mycoplasma pneumoniae tendem a aumentar nos meses de outono e inverno, e recomenda que a população continue com as práticas básicas de higiene, como lavar as mãos regularmente e usar máscaras em locais fechados.
O último grande surto ocorreu em 2016, e agora as autoridades de saúde temem que este ano o contágio possa ser ainda mais forte.
Fonte: Asahi