Uma grande mudança no sistema de transporte público do Japão está prevista para 2026. A Sumitomo Mitsui Card Co., uma das principais empresas de cartão de crédito do país, pretende permitir pagamentos por aproximação em trens e ônibus, facilitando a vida dos usuários, especialmente turistas estrangeiros.
Fim da necessidade de cartões de transporte
Atualmente, quem utiliza o transporte público no Japão precisa comprar bilhetes físicos ou adquirir cartões IC, como o Suica e o Pasmo, para embarcar nos trens e ônibus. Com a nova tecnologia, os passageiros poderão usar cartões de crédito com pagamento por aproximação, eliminando a necessidade de bilhetes ou cartões específicos de transporte.
A Sumitomo Mitsui já começou a trabalhar com operadoras de transporte para instalar sensores de leitura nos portões de bilheteira e nos ônibus. Segundo a empresa, a novidade deve reduzir a carga de trabalho dos operadores de transporte, que frequentemente precisam explicar tarifas em inglês e outras línguas, além de facilitar o trabalho dos motoristas de ônibus, que muitas vezes também lidam com a cobrança das passagens.
Expansão gradual pelo Japão
O pagamento por aproximação com cartão de crédito já está sendo testado em algumas regiões do Japão. Até o momento, 108 operadores de transporte em 31 das 47 províncias japonesas já adotaram o sistema.
De acordo com a Visa Inc., empresa global de cartões de crédito, o uso de pagamentos por aproximação no Japão cresceu de 1% em 2020 para 40% em 2024, impulsionado pela pandemia de COVID-19 e pelo aumento da demanda em lojas e restaurantes.
O sistema está se expandindo rapidamente na região de Kansai, especialmente em Osaka, onde será realizada a Exposição Mundial de 2025, de 13 de abril a 13 de outubro. O evento deve atrair cerca de 28 milhões de visitantes, aumentando ainda mais a necessidade de um sistema de pagamento prático e eficiente.
A expectativa é que o novo sistema esteja amplamente disponível até 2026, tornando o transporte público japonês ainda mais acessível para moradores e turistas.
Fonte: Kyodo News