O Japão está se preparando para introduzir um novo limite de velocidade de 30 km/h em estradas estreitas e residenciais. Essa medida visa aumentar a segurança de pedestres e ciclistas, conforme anunciado pela Agência Nacional de Polícia (NPA) em 30 de maio.
Atualmente, o limite de velocidade legal em estradas gerais e rodovias no Japão é de 60 km/h. No entanto, muitas ruas estreitas em áreas residenciais não possuem limites de velocidade designados, permitindo que os veículos trafeguem a até 60 km/h. A NPA decidiu reduzir esse limite para 30 km/h em áreas onde há grande fluxo de pedestres e ciclistas ou onde existam escolas próximas.
A mudança visa melhorar a segurança em ruas utilizadas diariamente pelos residentes. A decisão foi influenciada por estudos que mostram um aumento na gravidade dos ferimentos em pedestres e ciclistas atropelados por veículos em velocidades superiores a 30 km/h.
A NPA solicitará comentários públicos antes de alterar a Ordem de Execução da Lei de Trânsito Rodoviário. A implementação do novo limite de velocidade está prevista para setembro de 2026.
Contexto e justificativa
Em junho de 2021, um trágico acidente em Yachimata, província de Chiba, destacou a necessidade dessa mudança. Um caminhão, dirigido por um motorista sob influência de álcool, atingiu um grupo de crianças, resultando em duas mortes e três feridos graves. Na época, a estrada não possuía um limite de velocidade designado, levando à implementação posterior de um limite de 30 km/h.
Limites de velocidade existentes
Além do limite legal de 60 km/h, existem “limites de velocidade designados” definidos pelas comissões de segurança pública das províncias, baseados em condições de tráfego, acidentes e características das vias. No entanto, muitas ruas estreitas com tráfego intenso de pedestres não possuem esses limites devido a restrições orçamentárias e dificuldades na instalação de sinalização rodoviária.A NPA informou que, embora o número total de acidentes de trânsito tenha diminuído, a proporção de acidentes em ruas estreitas, com menos de 5,5 metros de largura, manteve-se constante em cerca de 20%. Em 2023, a taxa de mortos e feridos entre pedestres e ciclistas nessas ruas foi 1,8 vezes maior do que em estradas mais largas.
Fonte: Asahi
