O governo japonês está considerando aumentar a parcela de idosos com 75 anos ou mais que terão de arcar com 30% dos custos de seus tratamentos médicos. Atualmente, o sistema de seguro de saúde pública exige que os idosos paguem 10% dos custos médicos, mas para aqueles com rendas mais elevadas, o percentual sobe para 20%, e para quem possui rendimentos próximos aos de pré-aposentadoria, chega a 30%.
A proposta faz parte de um plano de reforma da seguridade social, aprovado no ano passado, que poderá ser implementado até o ano fiscal de 2028. O aumento na contribuição dos idosos para o sistema de saúde é visto como uma medida necessária diante do acelerado envelhecimento da população japonesa.
Além do aumento nos custos médicos, o governo japonês está preocupado com o número crescente de idosos que vivem sozinhos. Para combater o isolamento social, estão sendo promovidas iniciativas para criar novos locais de convivência que ofereçam suporte e interação social para evitar a solidão. Outro foco é a expansão do apoio para idosos sem familiares. O governo pretende monitorar de perto empresas que oferecem serviços de fiador, garantindo que funcionem corretamente e evitem problemas para os usuários idosos.
Embora o novo esboço de políticas não mencione uma revisão das regras do *kōsei nenkin* — sistema que complementa a pensão básica para funcionários de empresas e do governo —, um relatório recente recomendou que se revisem as normas que reduzem os benefícios de aposentados que continuam trabalhando e possuem rendas mais altas. O documento apresentado define diretrizes de médio e longo prazo para enfrentar o desafio do envelhecimento populacional, sendo revisado a cada cinco anos. A versão anterior havia sido publicada em 2018.
Fonte: The Japan Times