O Japão implementou novas regras mais rigorosas para a matrícula de estudantes internacionais em suas instituições de ensino, uma medida que busca combater a negligência e evitar que estudantes trabalhem ilegalmente no país. Essas mudanças vieram à tona após a revelação, em 2019, de que uma universidade em Tóquio perdeu o contato com mais de 1.600 estudantes estrangeiros ao longo de três anos.
O problema foi identificado inicialmente na Universidade de Bem-Estar Social de Tóquio, onde foi descoberto que a instituição não tinha controle efetivo sobre o paradeiro de 1.610 estudantes desde o ano acadêmico de 2016. Essa falha levou a uma revisão das políticas de imigração pelo Ministério da Justiça, que culminou na introdução das novas diretrizes.
Sob as novas regras, universidades e escolas técnicas no Japão agora só podem aceitar estudantes internacionais se comprovarem a capacidade de gerenciar adequadamente suas matrículas. A medida visa assegurar que as instituições não apenas recrutem estudantes de maneira responsável, mas também evitem que estes se envolvam em atividades laborais não autorizadas.
Além disso, o governo japonês especificou que não concederá vistos de estudante a estrangeiros que pretendem estudar a língua japonesa sob as categorias de “estudantes pesquisadores” ou “estudantes auditores”. Estas categorias eram frequentemente utilizadas por quem buscava, em teoria, preparação acadêmica, mas que na prática muitas vezes acabavam trabalhando ilegalmente.
Fonte: Kyodo News