18/05/2025 13:30

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Japão terá novo sistema de alerta para queda de cinzas vulcânicas, incluindo possíveis erupções do Monte Fuji

A Agência Meteorológica do Japão (JMA) anunciou que está desenvolvendo um novo sistema de alertas para quedas de cinzas vulcânicas, com cobertura para todas as 111 áreas de vulcões ativos do país, incluindo o Monte Fuji. O objetivo é emitir avisos mais abrangentes para proteger moradores e infraestrutura mesmo em regiões distantes dos vulcões.

Segundo um relatório divulgado pela JMA no final de abril, o novo sistema incluirá três níveis de alerta baseados na quantidade prevista de cinzas acumuladas: aviso para quedas entre 0,1 mm e 3 cm; alerta para acumulação entre 3 cm e 30 cm; e um alerta mais severo para quando a quantidade ultrapassar 30 cm. A definição oficial deste terceiro nível ainda está em discussão.

O novo modelo é considerado mais completo que os sistemas atuais, que se concentram em evacuações imediatas nas áreas próximas aos vulcões, principalmente devido a explosões ou fluxos de lava. O sistema de cinzas será mais amplo, levando em conta fatores como direção e intensidade dos ventos, que podem espalhar partículas por centenas de quilômetros.

Entre os possíveis impactos da queda de cinzas estão paralisações em trens e aviões, falhas no fornecimento de energia, problemas na água potável e danos a veículos, especialmente os de tração simples. A ideia é que os alertas ajudem prefeituras e moradores a tomarem medidas de precaução com antecedência.

A proposta está em fase inicial e deve levar alguns anos até estar totalmente operando, com desenvolvimento de tecnologia e campanhas de conscientização para a população.

A preocupação com uma possível erupção do Monte Fuji é um dos principais motivos para o novo sistema. Um cenário considerado pela JMA mostra que, em caso de uma grande erupção, a região metropolitana de Tóquio poderia sofrer com blecautes e interrupções no transporte. O governo japonês já classificou esse tipo de risco em quatro níveis e recomendou evacuação em áreas com previsão de 30 cm ou mais de cinzas acumuladas.

Em paralelo, a prefeitura de Tóquio criou rotas prioritárias para remoção de cinzas em locais estratégicos, como hospitais e centros logísticos. Autoridades locais também estão desenvolvendo vídeos com simulações gráficas para alertar a população sobre os efeitos das cinzas no cotidiano.

De acordo com registros históricos, a última grande erupção do Monte Fuji ocorreu em 1707, espalhando cinzas por mais de 100 km de distância. Na cidade de Isehara, por exemplo, o acúmulo foi de 30 cm; em Ichihara, chegou a 8 cm.

“Todos os vulcões do Japão têm potencial para uma grande erupção, mesmo que estejam silenciosos agora”, alertou o professor Toshitsugu Fujii, especialista em vulcanologia e responsável pelo painel técnico da JMA. “Uma erupção pode acontecer até antes do novo sistema estar em operação.”

Fonte: Asahi

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