A prefeitura de Kyoto anunciou planos para aumentar o imposto sobre hospedagem em hotéis e acomodações para até 10.000 ienes por pessoa, por noite. Atualmente, o limite máximo do imposto é de 1.000 ienes. A medida, que deve entrar em vigor na primavera de 2026, é uma resposta ao crescente problema de excesso de turismo na cidade.
Segundo o Ministério de Assuntos Internos e Comunicações, o novo valor será o mais alto entre as municipalidades japonesas que adotam sistemas de taxa fixa.
Atualmente, o imposto em Kyoto varia de 200 a 1.000 ienes por noite, dependendo do custo da hospedagem. Pela proposta, as tarifas serão divididas em cinco faixas, com o maior valor, de 10.000 ienes, aplicado para hospedagens que custam 100.000 ienes ou mais por noite. O imposto mínimo, de 200 ienes, será mantido, mas o limite de preço será reduzido para estadias de até 6.000 ienes, em vez dos atuais 20.000 ienes.
Com a mudança, a prefeitura espera dobrar a arrecadação do imposto, passando de 5,2 bilhões de ienes em 2023 para mais de 10 bilhões de ienes.
Kyoto, que é um dos destinos turísticos mais populares do Japão, vem enfrentando dificuldades para equilibrar o aumento no número de visitantes estrangeiros e a qualidade de vida dos moradores. Segundo o prefeito Koji Matsui, o ajuste no imposto visa “harmonizar o turismo com as necessidades da população local.”
Atualmente, 11 municipalidades no Japão adotam impostos sobre hospedagem. A maioria utiliza taxas fixas, como Kyoto, enquanto algumas, como Kutchan, em Hokkaido, aplicam taxas proporcionais ao custo da estadia.
Fonte: Mainichi