12/12/2024 19:36

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Liderança feminina em empresas japonesas registra aumento e alcança 8,4%

O percentual de empresas no Japão lideradas por mulheres chegou a 8,4% em 2024, segundo um relatório divulgado pela Teikoku Databank, maior banco de dados comerciais do país. O número, que era de 8,3% no ano anterior e 8,0% em 2020, representa um avanço lento, mas constante na liderança feminina no setor empresarial japonês.

Desde 1990, a proporção de mulheres em cargos de presidência quase dobrou, evidenciando uma transformação gradual na cultura corporativa do país.

Liderança concentrada em empresas menores

As mulheres são maioria em cargos de presidência em empresas menores. Segundo o levantamento, 11,9% das empresas com faturamento anual abaixo de ¥50 milhões têm mulheres no comando. Já entre empresas com faturamento superior a ¥10 bilhões, o percentual cai para apenas 2%.

Em grandes corporações listadas na Bolsa de Valores de Tóquio, a participação feminina é ainda mais baixa. Em janeiro de 2023, menos de 1% das empresas do mercado Prime tinham uma mulher como presidente.

“Ser CEO de uma pequena empresa é muito diferente de liderar uma grande corporação no Japão,” destacou Tracy Gopal, fundadora da Japan Board Diversity Network. Ela afirma que mudanças no ambiente corporativo são essenciais para atrair mais mulheres para altos cargos.

Mulheres em destaque e desafios estruturais

Exemplos de liderança feminina em grandes empresas ainda são raros, mas notáveis. Mitsuko Tottori, nomeada presidente da Japan Airlines em 2024, se tornou um símbolo de avanço, incentivando outras mulheres a buscarem posições de destaque. Tottori afirmou querer “inspirar” mulheres a perseguirem carreiras no topo.

Apesar disso, especialistas apontam que a estrutura hierárquica rígida e a falta de flexibilidade no ambiente corporativo japonês dificultam o avanço feminino. Gopal sugere mudanças, como ambientes menos hierárquicos e mais baseados em mérito, para atrair mais mulheres aos cargos de liderança.

Iniciativas para aumentar a representação feminina

Políticas públicas e iniciativas como o programa “Womenomics,” promovido pelo ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, têm buscado aumentar a participação feminina no mercado de trabalho. No entanto, o impacto dessas medidas em cargos de alto escalão ainda é limitado.

O governo japonês estabeleceu a meta de ter pelo menos 30% das posições gerenciais ocupadas por mulheres até 2030. Além disso, uma proposta exige que empresas com mais de 100 funcionários divulguem os percentuais de mulheres em posições de liderança.

Liderança por setor e região

O relatório da Teikoku Databank revelou diferenças significativas entre setores. O ramo imobiliário lidera em presença feminina, com 17,4% das empresas sendo presididas por mulheres, enquanto a construção civil apresenta o menor percentual, com 4,9%. Entre subdivisões, 40% das empresas de creches têm mulheres na presidência, comparado a apenas 2,6% no setor de metais.

Por regiões, a Província de Tokushima lidera, com 12,1% das empresas sendo presididas por mulheres, seguida por Okinawa, com 11,6%.

Fonte: Japan Times

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19:36, dez 12, 2024
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