O Japão tem atualmente mais de 80 mil estrangeiros trabalhando em meio período nas principais redes de lojas de conveniência do país. Os dados, divulgados pela Kyodo News, indicam que essa tendência deve continuar devido à escassez de mão de obra provocada pelo envelhecimento da população japonesa.
Atualmente, os trabalhadores estrangeiros representam cerca de 10% da força de trabalho de meio período nas lojas das redes Seven-Eleven Japan Co., Lawson Inc. e FamilyMart Co.
Crescimento do número de trabalhadores estrangeiros
Segundo uma pesquisa realizada em abril pela Kyodo News, a 7-Eleven lidera com cerca de 40 mil trabalhadores estrangeiros em meio período. Lawson e FamilyMart seguem com aproximadamente 24 mil e 18 mil, respectivamente.
Em comparação com cinco anos atrás, o número de estrangeiros trabalhando nessas lojas aumentou 1,4 vezes, conforme dados da Japan Franchise Association. Esse grupo é composto majoritariamente por asiáticos, especialmente da China, Vietnã e Nepal.
Desafios e benefícios da contratação de estrangeiros
As lojas de conveniência têm encontrado dificuldades para contratar trabalhadores japoneses, resultando em uma alta dependência de estrangeiros. Em algumas lojas, cerca de 80% dos funcionários são de outras nacionalidades. Um gerente afirmou: “Sem funcionários estrangeiros, não temos pessoal suficiente para cobrir os turnos”.
Muitos desses trabalhadores são estudantes internacionais que buscam melhorar suas habilidades no idioma japonês. Além disso, com o iene fraco, mais visitantes estrangeiros têm vindo ao Japão, o que torna a contratação de funcionários estrangeiros uma vantagem para melhorar a comunicação com os clientes.
As lojas de conveniência comemoraram 50 anos no Japão em 2024. Mesmo sendo uma parte indispensável da vida japonesa, o número total de lojas no país tem se mantido estável nos últimos anos, com cerca de 58 mil pontos de venda.
O setor está agora focado em melhorar o valor de cada loja individual, em vez de expandir o número total de estabelecimentos. “Não estamos mais em uma época em que competimos em número de lojas, mas em como melhorar o valor de cada ponto de venda”, disse um representante do setor.
Fonte: Mainichi
