A cidade de Matsusaka, localizada na província de Mie, iniciou em 1º de junho uma nova política que está gerando polêmica entre os residentes. Agora, pacientes que forem levados de ambulância a um dos três principais hospitais da cidade e não precisarem de hospitalização terão que pagar uma taxa de ¥ 7.700.
A decisão de cobrar essa taxa visa diminuir o número de chamadas de ambulância, que é considerado elevado em comparação com outras regiões do Japão. As autoridades locais afirmam que o uso inadequado dos serviços de emergência tem se tornado um problema recorrente, afetando a disponibilidade para casos realmente graves.
Regras e exceções
A taxa se aplica a pacientes que chegam de ambulância, mas não necessitam de internação. Exceções são feitas para aqueles com carta de encaminhamento, cuidados médicos financiados publicamente, ou feridos em acidentes de trânsito ou de trabalho. A decisão de cobrar a taxa fica a cargo dos médicos, que avaliam caso a caso.
Reações dos residentes
A implementação da medida não foi bem recebida por todos. Alguns moradores expressaram preocupação com o impacto financeiro, especialmente para os mais idosos e dependentes de pensão. “Eu chamaria uma ambulância em caso de emergência, mas ¥ 7.700 de repente é muito para quem vive de uma pensão”, disse um residente de 65 anos.
O corpo de bombeiros de Matsusaka, que atende também as cidades vizinhas de Taki e Meiwa, registrou um número recorde de 16.180 chamados de ambulância no último ano. As autoridades destacam que um alto volume de chamadas pode aumentar o tempo de resposta das ambulâncias, colocando vidas em risco.
O prefeito de Matsusaka, Masato Takegami, ressaltou que a nova taxa não deve desencorajar as pessoas de chamar uma ambulância em situações de emergência real. “Quando estiver em uma emergência real, chame uma ambulância sem hesitação”, afirmou Takegami, acrescentando que a medida é uma tentativa de garantir que os recursos de emergência sejam usados de maneira mais eficaz.
Apesar da medida, as preocupações continuam. Uma petição para abolir a taxa foi apresentada, mas rejeitada pela Assembleia Municipal. Especialistas como Reishi Goto, da Nihon Hanso Gakkai, questionam a eficácia da taxa em reduzir o número de chamadas de ambulância.
Fonte: Japan Times
