Alpinistas que planejam escalar o Monte Fuji a partir desta segunda-feira terão que lidar com novas regras. A trilha Yoshida, a rota mais popular, agora exige uma taxa de entrada de ¥2.000. A medida visa controlar a superlotação, garantir a segurança e preservar o ambiente natural da montanha.
A taxa de entrada será cobrada na 5ª Estação da trilha Yoshida, onde os alpinistas deverão pagar ¥2.000 em dinheiro ou cartão de crédito. Após o pagamento, eles receberão uma pulseira que lhes permitirá passar por um portão de controle, aberto entre 3h e 16h. Além disso, o número de alpinistas será limitado a 4.000 por dia.
De acordo com o governador de Yamanashi, Kotaro Nagasaki, a superlotação tem gerado diversos problemas, incluindo acidentes devido ao congestionamento nas trilhas, aumento do lixo e a presença de alpinistas despreparados. “O turismo excessivo no Monte Fuji é um problema que precisa ser resolvido urgentemente para preservar a segurança e o meio ambiente”, afirmou Nagasaki.
A nova regulamentação também visa coibir os “alpinistas-bala” – aqueles que decidem escalar a montanha impulsivamente e sem a devida preparação. Essas pessoas frequentemente sofrem com o mal da altitude e outros problemas, colocando em risco a própria segurança e a de outros alpinistas.
Acesso e reservas
Para garantir uma vaga, os visitantes são incentivados a reservar e pagar antecipadamente a taxa de entrada através do portal oficial do Monte Fuji. Atualizações sobre o número de visitantes diários serão disponibilizadas nas redes sociais, ajudando a evitar superlotação.
Apesar da nova taxa, muitos turistas estrangeiros veem a medida de forma positiva. “Acho que é justo, considerando que o dinheiro será usado para manutenção das trilhas”, disse Bryce Gaul, um turista australiano. Kimberly, uma turista americana, comparou a taxa com as cobranças de parques nacionais nos Estados Unidos e não vê problema em pagar.
Os comerciantes e trabalhadores locais expressaram preocupações sobre como a medida afetará seus negócios. Um funcionário anônimo de um estande na 5ª Estação comentou: “Ainda não sabemos o impacto real, mas esperamos que não afete negativamente nosso trabalho.”
O portão temporário na trilha Yoshida será uma experiência piloto nesta temporada. Dependendo dos resultados, outras medidas poderão ser implementadas nas próximas temporadas, possivelmente incluindo outras rotas de escalada.
Fonte: Japan Times