Diante do crescente número de turistas e a diminuição da população local, a cidade de Koya, localizada nas montanhas Kii da província de Wakayama, está considerando a implementação de um imposto sobre visitantes. Em 2023, quase 1,4 milhão de pessoas visitaram o Monte Koya, um local de peregrinação com menos de 3.000 habitantes.
Monte Koya, conhecido como Koyasan, é famoso por seus complexos de templos que datam de mais de mil anos e foi designado como Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2004. A região tem atraído um número crescente de turistas, tanto estrangeiros quanto nacionais, contribuindo para o aumento da pressão sobre a infraestrutura local.
Segundo o prefeito Yoshiya Hirano, a cidade enfrenta desafios para manter serviços essenciais como banheiros públicos, sistema de esgoto, gestão de resíduos e serviços de emergência, destacando a necessidade do imposto.
A proposta de imposto segue exemplos de outras localidades turísticas no Japão, como o Monte Fuji e a ilha de Miyajima, que recentemente começaram a cobrar taxas de visitantes para ajudar a cobrir os custos de manutenção devido ao turismo.
Embora o turismo aumente as receitas fiscais por meio de vendas e consumo em negócios locais, Koya enfrenta uma situação única devido à sua natureza de cidade pequena e rural, onde muitos visitantes não geram receita significativa além da entrada de templos.
A cidade de Koya é um destino popular para viagens de um dia desde Osaka ou Kyoto, com muitos turistas não pernoitando, o que limita ainda mais a contribuição econômica local. O imposto sobre visitantes seria aplicado tanto aos que pernoitam quanto aos que apenas passam o dia.
Os detalhes de como o imposto será implementado e o valor ainda estão sendo discutidos, com previsão de entrada em vigor na primavera de 2028. “Koyasan é um lugar maravilhoso e estamos felizes com a visita de muitas pessoas.”Porém, com o declínio da população, tornou-se difícil manter Koyasan apenas com as contribuições dos residentes e, por isso, devemos pedir a ajuda de todos”, disse Hirano.
Fonte: Sankei Shimbun