A polícia de Tóquio anunciou a introdução de armários de achados e perdidos que funcionarão 24 horas por dia, a partir deste verão. O objetivo é facilitar a devolução de itens perdidos aos seus donos e diminuir a carga de trabalho dos funcionários responsáveis por essa tarefa.
O novo sistema surge em resposta ao grande volume de objetos perdidos registrados no último ano, que alcançou o número de 4.087.000, refletindo um retorno ao movimento intenso nas ruas da capital após a desclassificação da COVID-19 para a categoria de uma gripe comum.
Atualmente, o Centro de Achados e Perdidos do Departamento de Polícia Metropolitana, localizado no bairro de Bunkyo, armazena cerca de 900 mil itens não reclamados, entre eles muletas e uma naginata, uma arma tradicional japonesa. No início de abril, o centro já contava com quase 30 mil guarda-chuvas, número que pode chegar a 70 mil durante a temporada de chuvas, segundo Harumi Shoji, diretor do centro.
A novidade facilitará o processo para os cidadãos que trabalham em horário comercial e têm dificuldade em retirar seus pertences durante a semana. “Muitas vezes, observamos longas filas na frente do centro, especialmente em horários de pico. Com a instalação dos armários automáticos, esperamos que mais pessoas consigam recuperar seus objetos de forma prática e a qualquer hora”, explica Shoji.
Os usuários poderão reservar um armário online e acessá-lo usando um QR Code, um sistema que já é utilizado em outras facilidades urbanas em Tóquio.
Os itens mais frequentemente perdidos incluem documentos de identificação e itens eletrônicos, como fones de ouvido sem fio e dispositivos de tabaco aquecido. A polícia mantém esses objetos nas delegacias por um período antes de transferi-los para o centro, onde permanecem disponíveis para retirada.
De acordo com o departamento, a implementação dos armários será avaliada e, se bem-sucedida, poderá ser expandida para outras delegacias da metrópole. Desde 2022, a polícia também oferece a possibilidade de reportar objetos perdidos online, o que, segundo Shoji, deve incentivar ainda mais pessoas a usar o sistema de achados e perdidos sem necessidade de deslocamentos desnecessários.
Fonte: Japan Today