A montadora Nissan está considerando encerrar as atividades de duas fábricas localizadas na província de Kanagawa, como parte de um plano de reestruturação. A informação foi divulgada por uma fonte ligada à empresa neste sábado (17).
As unidades avaliadas são a fábrica de Oppama, em Yokosuka, onde a Nissan iniciou a produção de veículos elétricos, e a fábrica de Shonan, em Hiratsuka, operada pela subsidiária Nissan Shatai e especializada em veículos comerciais. Juntas, essas duas unidades representam cerca de 30% da capacidade de produção da empresa no Japão.
Segundo a fonte, as operações nessas plantas têm apresentado ritmo mais lento do que em outras unidades, devido à queda nas vendas dos modelos que são produzidos ali. Mesmo assim, a decisão ainda não está tomada. A empresa não iniciou conversas com sindicatos, fornecedores de peças nem com as autoridades locais que abrigam as fábricas.
No mesmo dia, a Nissan divulgou um comunicado afirmando que as informações sobre o possível fechamento são especulativas e que nenhuma decisão oficial foi anunciada até o momento.
Caso o fechamento se concretize, será a primeira vez que a montadora encerra a operação de uma fábrica no Japão desde 2001, quando fechou a unidade de Musashimurayama, em Tóquio. As fábricas de Oppama e Shonan são as últimas da empresa voltadas à produção de veículos completos na província de Kanagawa, onde a Nissan iniciou sua história em 1933.
A notícia surge dias após a Nissan anunciar um prejuízo de 670,9 bilhões de ienes no ano fiscal de 2024. Para conter perdas, a empresa pretende fechar sete fábricas em todo o mundo e cortar 20 mil empregos, o que representa uma redução de cerca de 15% no seu quadro de funcionários.
Além do Japão, a montadora já confirmou o fechamento de uma planta na Índia e outra na Argentina. A meta é reduzir o número total de fábricas de 17 para 10 até o ano fiscal de 2027. A capacidade global de produção, exceto na China, também deve ser reduzida em 30%, chegando a 2,5 milhões de veículos por ano.
A Nissan espera que essas medidas de corte de gastos ajudem a empresa a voltar a registrar lucro até o ano fiscal de 2026.
Fonte: Japan Today