O Japão agora exige que todas as empresas façam adaptações para melhor atender às necessidades de clientes com deficiência. A partir desta segunda-feira, uma nova lei entrou em vigor, impondo a obrigatoriedade de serviços e instalações adaptados, desde auxílios de mobilidade para usuários de cadeira de rodas até a facilitação da comunicação para pessoas com deficiência auditiva.
Essa legislação amplia o escopo de uma diretriz anterior que incentivava, mas não exigia, que as empresas considerassem as necessidades de pessoas com deficiência em suas operações. Agora, com o peso da lei, as organizações comerciais, incluindo varejistas e provedores de serviços de transporte, devem atuar ativamente para garantir o acesso e a igualdade de tratamento a todos os clientes.
Uma das principais características da nova lei é a ênfase no diálogo construtivo entre empresas e clientes com deficiência para identificar as melhores maneiras de atender às suas necessidades específicas. Isso pode incluir ajudar um cliente a alcançar itens em prateleiras altas em uma loja ou instalar rampas temporárias para superar barreiras físicas.
A lei também estipula claramente que serviços especiais não podem ser negados, salvo em circunstâncias onde o pedido vá além dos serviços padrão oferecidos, como no caso de um transporte público ser solicitado a levar alguém diretamente para casa.
A mudança vem na esteira de uma revisão em 2021 da legislação antidiscriminação, que já havia estabelecido um precedente para essa nova exigência, buscando eliminar as barreiras enfrentadas por pessoas com deficiência e promover uma sociedade mais acessível.
O governo japonês reconhece os desafios que essa obrigação pode representar, especialmente para pequenas empresas. Em resposta, comprometeu-se a oferecer suporte através de serviços de consultoria destinados a auxiliar na implementação das adaptações necessárias. Essa rede de apoio visa facilitar o cumprimento da lei, assegurando que as adaptações sejam realizadas de maneira eficaz e que os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados.
Fonte: Mainichi