O Partido Liberal Democrata (LDP), que está no poder no Japão, anunciou que irá impor sanções a 39 de seus membros. A decisão vem após a revelação de um escândalo de arrecadação de fundos que abalou as estruturas do partido e do cenário político japonês.
O escândalo envolve a prática de recebimento de propinas relacionadas à venda de ingressos para eventos de arrecadação de fundos, com falhas subsequentes na declaração de receitas. Entre os penalizados, encontram-se quatro executivos da maior facção do LDP, anteriormente liderada pelo falecido ex-primeiro-ministro Abe Shinzo. Este grupo não declarou receitas superiores a 5 milhões de ienes ao longo de cinco anos, até 2022.
Durante uma coletiva de imprensa, o Secretário-Geral do LDP, Motegi Toshimitsu, citou as medidas disciplinares propostas. Essas medidas incluem a possibilidade de expulsão do partido, suspensão da filiação, veto à candidatura em futuras eleições e censura formal. Motegi enfatizou a gravidade das ações e a necessidade de restaurar a confiança pública no partido.
Nikai Toshihiro, um legislador veterano, será poupado das punições após anunciar que não se candidatará nas próximas eleições gerais. Por outro lado, aqueles que falharam em declarar menos de 5 milhões de ienes serão apenas advertidos, segundo Motegi.
As sanções propostas estão entre as mais severas já consideradas pelo sistema disciplinar do LDP, que possui oito níveis de penalidades. A medida visa não apenas punir os envolvidos, mas também enviar uma mensagem clara sobre a seriedade com que o partido trata a integridade financeira e a ética.
O comitê de ética do LDP planeja reunir-se esta semana para finalizar as punições.
Fonte: NHK
