Uma pesquisa realizada por um grupo farmacêutico nacional revelou que mais de 80% das pessoas que compraram a pílula do dia seguinte durante um teste de venda livre gostariam de continuar comprando o anticoncepcional de emergência sem a necessidade de receita médica. O teste, iniciado em novembro, visa facilitar o acesso ao medicamento para mulheres que precisam com urgência.
A pílula do dia seguinte é mais eficaz quando tomada dentro de 24 horas após a relação sexual, com uma eficácia de 95%. Após esse período, a eficácia diminui e o medicamento só é considerado efetivo por até 72 horas.
Desde o início do teste, em 28 de novembro, até o final de janeiro, foram vendidas 2.181 pílulas do dia seguinte em 145 farmácias em todo o país. Tóquio e a província de Kanagawa registraram mais de 200 vendas cada. Cerca de 27% das compras ocorreram aos sábados e domingos, quando muitas clínicas estão fechadas.
A pesquisa, encomendada pelo Ministério da Saúde, mostrou que cerca de 90% dos entrevistados ficaram “muito satisfeitos” com o nível de serviço dos farmacêuticos, a explicação oferecida e a consideração pela privacidade dos clientes. No entanto, menos entrevistados ficaram satisfeitos com o preço, que varia entre ¥ 7.00 e ¥ 9.000, embora essa insatisfação também seja comum em relação às pílulas prescritas por médicos.
Com base nos resultados da pesquisa, o Ministério da Saúde planeja expandir o número de farmácias participantes para coletar dados em uma escala mais ampla antes de tomar uma decisão sobre a venda da pílula do dia seguinte sem receita médica em todo o país.
Atualmente, se a pílula do dia seguinte não estiver disponível em uma farmácia próxima, ela deve ser obtida mediante receita médica. Em países como Estados Unidos e Reino Unido, a venda sem receita da pílula do dia seguinte já é permitida.
Em resposta aos apelos de grupos de defesa para levantar a proibição das vendas ao balcão, o Ministério da Saúde iniciou o teste de vendas em andamento para reunir dados e decidir sobre a possível liberação das vendas sem receita.
Fonte: The Japan Times
