Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Agricultura do Japão indica que a diferença entre os preços de compra e venda praticados por atacadistas pode estar influenciando diretamente no alto valor do arroz nos supermercados. O levantamento analisou negociações feitas entre 17 de março e 13 de abril.
Segundo os dados, compradores de arroz estocado pelo governo revenderam o produto aos atacadistas com um acréscimo médio de 961 ienes por cada 60 quilos, em comparação ao preço de aquisição. Em levantamentos anteriores, referentes à safra comum de 2022, esse valor chegou a 2.400 ienes.
No entanto, o acréscimo feito pelos próprios atacadistas foi significativamente maior. Em média, o preço final de revenda teve um aumento de 7.593 ienes por 60 quilos — muito acima dos acréscimos de 2.206 a 4.689 ienes registrados em transações com o arroz da safra 2022. Embora parte desse valor possa estar relacionado ao aumento de custos, o Ministério da Agricultura demonstrou preocupação.
Em coletiva de imprensa realizada na sexta-feira (16), o ministro Taku Eto pediu cooperação ao setor atacadista. “Queremos que entendam que a venda de arroz estocado pelo governo é diferente das negociações com arroz comum. Esperamos o máximo esforço para reduzir os preços no varejo”, afirmou.
Como resposta à situação, o governo estabeleceu uma cota de 60 mil toneladas de arroz estocado para leilão, direcionada a participantes que se comprometerem a entregar o produto ao varejo em até um mês. Dentro dessa cota, 20 mil toneladas serão destinadas exclusivamente a quem venderá o arroz diretamente aos pontos de venda.
Fonte: Nippon