Pesquisadores da Universidade de Tóquio, em parceria com outras instituições, desenvolveram um robô facial coberto com pele viva feita de células humanas. O dispositivo ajudará a entender melhor a formação de rugas e reduzirá os testes em animais no desenvolvimento de cosméticos e medicamentos.
Ao contrário dos robôs tradicionais que usam silicone, este robô possui pele humana de verdade, composta por uma camada dérmica e uma camada epidérmica. A pele, com aproximadamente 2 milímetros de espessura e 25 milímetros de diâmetro, é fixada ao robô através de um método que insere o tecido vivo em furos na superfície do robô. Isso permite movimentos mais suaves e naturais, como sorrisos e outras expressões faciais.
Um dos principais benefícios deste robô é a possibilidade de reduzir os testes em animais. Com a pele viva, os cientistas podem realizar testes de produtos diretamente no robô, garantindo resultados mais precisos e éticos. Esta abordagem é especialmente útil para as indústrias de cosméticos e medicamentos, que buscam alternativas mais sustentáveis e humanas para seus testes.
A equipe de pesquisadores se inspirou na estrutura do tecido subcutâneo humano para desenvolver um mecanismo que fixa o tecido vivo ao robô. Essa técnica supera o problema dos movimentos desajeitados encontrados em métodos anteriores de fixação de pele artificial, resultando em uma interação mais realista.
Avanços
Anteriormente, a equipe já havia desenvolvido um robô em forma de dedo coberto com pele viva similar. O professor Shoji Takeuchi, líder do projeto, revelou que os próximos passos incluem a integração de nervos e vasos sanguíneos à pele, além do uso de músculos feitos de células musculares para criar um robô ainda mais semelhante ao humano.
Os resultados dessa pesquisa foram publicados na revista **Cell Reports Physical Science** em 26 de junho de 2024.
Fonte: Mainichi