Pesquisadores japoneses estão desenvolvendo um dispositivo capaz de capturar e reproduzir sonhos humanos. A tecnologia ainda está em fase de testes e utiliza sensores cerebrais e inteligência artificial para interpretar a atividade neural durante o sono.
A máquina funciona com sensores de eletroencefalografia e ressonância magnética funcional, que monitoram o cérebro durante a fase REM do sono. Esse estágio é caracterizado por intensa atividade cerebral e é quando os sonhos mais vívidos ocorrem. Com os dados coletados, um sistema de inteligência artificial analisa as sinapses e cria imagens que representam o conteúdo dos sonhos.
A tentativa de registrar sonhos não é recente. Em 1999, pesquisadores já haviam experimentado técnicas para transformar sonhos em imagens, mas os resultados eram imprecisos e geraram discussões sobre a utilidade da tecnologia. Em 2004, a empresa japonesa Takara desenvolveu um dispositivo que tentou prever e influenciar os sonhos dos usuários, mas os resultados foram inconsistentes. Algumas pessoas relataram que o aparelho acertou o tema do sonho, enquanto outras afirmaram que os sons usados pela máquina atrapalharam a experiência.
A possibilidade de registrar sonhos também já apareceu em filmes e livros. O filme Paprika, de 2006, apresentou uma tecnologia que permitia terapeutas acessarem os sonhos de seus pacientes. Em Sonhos S.A., de 2019, a história mostra uma personagem capaz de manipular os sonhos de outras pessoas.
Ainda não há detalhes sobre quando a nova tecnologia japonesa poderá ser aplicada de forma prática. Os pesquisadores seguem testando o dispositivo e analisando os desafios técnicos.
Fonte: Sistema mpa