A Polícia da região de Kanto está investigando uma série de roubos violentos que ocorreram nas últimas semanas. Esses crimes podem estar relacionados a esquemas de “trabalhos ilegais” conhecidos como yami baito, nos quais pessoas são atraídas para atividades criminosas com promessas de altos salários.
Casos recentes em Yokohama e Chiba
Na última quarta-feira,16, o corpo de um homem de 75 anos foi encontrado em sua casa no bairro de Aoba, em Yokohama. O idoso estava com as mãos e os pés amarrados, e sinais de agressão foram identificados. A polícia foi acionada após um vizinho perceber que uma janela da casa estava aberta. O método de invasão – quebrar uma janela próxima à porta – é semelhante ao utilizado em outros roubos recentes na região de Kanto, o que levanta suspeitas sobre a conexão entre os casos.
No mesmo dia, em Chiba, uma mulher de 72 anos voltou do trabalho e encontrou sua casa revirada na cidade de Ichikawa. Os criminosos quebraram uma janela, deixaram ferramentas no local e roubaram um carro. A vítima chamou a polícia imediatamente após descobrir o cenário de destruição.
Um dia antes, em outro caso também em Chiba, na cidade de Shiroi, uma mulher de 70 anos e sua filha foram amarradas e agredidas dentro de casa por um grupo de homens. Elas não sofreram ferimentos graves, mas os ladrões fugiram levando dinheiro e um veículo. Segundo as autoridades, um dos assaltantes foi ouvido falando ao telefone durante a invasão, o que sugere a participação de uma organização criminosa.
Ligação com o Yami Baito
Os crimes têm seguido um padrão de invasões em residências, especialmente de pessoas idosas, durante a madrugada. A polícia acredita que os responsáveis possam estar ligados ao recrutamento de pessoas para trabalhos ilegais, os chamados yami baito. Esse tipo de emprego temporário envolve tarefas criminosas, como roubos e fraudes, prometendo altos pagamentos para quem aceita participar.
Desde agosto, cerca de 10 casos semelhantes foram registrados na região metropolitana de Tóquio e nas províncias vizinhas. Em pelo menos sete dessas ocorrências, há fortes indícios de que os criminosos foram recrutados por meio dessas redes ilegais de trabalho.
Fonte: Asahi