15/05/2025 14:32

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Presidente da JA diz que preço do arroz no Japão não está alto: “Custo de produção subiu muito”

O presidente da Central das Cooperativas Agrícolas do Japão (JA Zenchu), Toru Yamano, afirmou nesta terça-feira (13) que não considera o preço do arroz alto, mesmo com a insatisfação de parte da população. Segundo ele, os agricultores estão lidando com custos de produção cada vez mais altos, o que justifica os valores nas prateleiras.

Durante uma coletiva de imprensa, Yamano explicou que os preços praticados atualmente não são os ideais, mas refletem a realidade do setor. “Não é o que desejamos. Sabemos que pode afastar o consumidor, mas também é preciso garantir a sobrevivência do produtor”, disse.

Ele defende um preço justo, que leve em conta tanto o lado do consumidor quanto os gastos dos agricultores. “Queremos um valor que cubra os custos de produção e que a população entenda. Uma pequena redução até seria aceitável, mas sem prejudicar os produtores”, afirmou.

Preço ainda alto nos supermercados

Dados do Ministério da Agricultura mostram que, entre os dias 28 de abril e 4 de maio, o preço médio do arroz nos supermercados japoneses ficou em 4.214 ienes por 5 kg, mesmo com uma leve queda após 18 semanas de alta. O valor ainda é o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.

Governo libera arroz estocado

Para conter a alta dos preços, o governo decidiu liberar arroz estocado, que até então era usado apenas em emergências como desastres naturais ou safras ruins. A nova regra permite que o estoque seja usado também em casos de problemas de distribuição.

Yamano comentou a medida com cautela: “É importante garantir que isso não afete o salário líquido dos produtores. Se houver excesso de arroz circulando, os preços podem cair demais”, alertou. Ele acrescentou que a venda feita com condição de recompra busca equilibrar o mercado sem prejudicar os agricultores.

Especialistas veem impacto nas famílias

O economista Takashi Kadokura disse que parte do aumento no preço do arroz é compreensível, já que os custos com fertilizantes, transporte e mão de obra aumentaram. No entanto, ele acredita que o ritmo do aumento foi exagerado.

“Dobrar o preço em um ano vai além dos custos de produção. Isso pesa no orçamento das famílias. É preciso que os preços se ajustem o quanto antes”, comentou.

Kadokura também destacou que, mesmo com tarifas de importação, o arroz importado ainda é mais barato que o produto nacional, o que pode influenciar o comportamento dos consumidores.

Fonte: TBS 

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