A polícia de Saitama, criou um grupo de voluntários formado por residentes estrangeiros para combater crimes como violações de visto. A iniciativa visa responder ao aumento do número de estrangeiros no Japão e ao consequente crescimento de crimes, tanto aqueles cometidos por estrangeiros quanto os que têm como alvo esses indivíduos.
Residentes estrangeiros devem buscar atividades ilegais em grupos no Facebook
Os residentes estrangeiros são incentivados a, de forma voluntária, monitorar atividades ilegais na internet, especialmente em grupos no Facebook. Muitos posts nesses grupos indicam atividades criminosas, uma vez que estrangeiros que não falam japonês frequentemente se comunicam por meio dessas plataformas.
Segundo o departamento de crimes organizados da polícia de Saitama, informações sobre crimes como comércio de documentos de identidade, cartões bancários e livros de poupança podem ser encontradas em certos grupos do Facebook. A polícia teme que gangues criminosas organizadas que visam estrangeiros estejam ativas nesses grupos online. Embora o departamento tenha enviado alertas e tomado outras medidas após encontrar informações ilegais, os criminosos frequentemente usam palavras-código e expressões evasivas para evitar a detecção, tornando a identificação de posts sobre atividades ilegais um desafio.
Grupo é composto por 20 estudantes
Para enfrentar essa situação, o departamento criou o Foreign Residents Cyber Volunteers (FRCV). Atualmente, o grupo é composto por cerca de 20 estudantes de escolas de língua japonesa em Saitama. Há planos para aumentar o número de membros e expandir a iniciativa para outras línguas. Os voluntários devem focar no Facebook e procurar e relatar comércio de cartões bancários e contas. Entre julho de 2023 e junho de 2024, a polícia está testando o uso de residentes estrangeiros para esse fim. Relatórios indicam que cerca de 80% dos 97 posts ilegais encontrados foram removidos. Um porta-voz da polícia afirmou: “Existem palavras e significados que apenas falantes nativos de vietnamita entendem. É reconfortante saber que eles podem nos ajudar.”
Fonte: Yahoo News