No Japão, 40% das mortes por abuso infantil em 2022 envolveram bebês com menos de 12 meses de vida, revelam dados da Agência para Crianças e Famílias.
De acordo com o levantamento, 25 bebês, de um total de 56 crianças que morreram em consequência de abusos, tinham menos de 1 ano de idade. Casos de negligência foram os mais comuns, responsáveis por 42,9% das mortes, seguidos de abuso físico, que somaram 30,4%.
Os dados ainda apontam que as mães biológicas foram responsáveis pela maioria dos casos, com 23 ocorrências. Em seis casos, o abuso foi cometido pelos pais biológicos, e em sete, ambos os genitores foram considerados culpados. A negligência dos pais, muitas vezes motivada por estresse ou dificuldades socioeconômicas, tem sido uma das causas mais frequentes de abuso no país.
Outro dado que chama atenção é o fato de que 15 recém-nascidos morreram em 2022, sendo que em sete desses casos não houve intervenção das autoridades, como os centros de consulta infantil ou governos locais.
Com o objetivo de enfrentar esse problema, a Agência para Crianças e Famílias estará lançando um vídeo informativo para orientar profissionais sobre como lidar com situações de abuso infantil e, principalmente, prevenir novas ocorrências. O presidente do painel que conduziu a pesquisa, Masashi Aizawa, destacou a importância desse material para reduzir o número de mortes.
Fonte: Mainichi