TÓQUIO — O reator nº 2 da usina nuclear de Tsuruga, na província de Fukui, não conseguiu atender aos critérios de segurança para reativação, segundo anúncio feito nesta quarta-feira, 28 de agosto, pela Agência de Regulação Nuclear do Japão. Este é o primeiro caso desde a criação do órgão regulador, que surgiu após a crise nuclear de Fukushima em 2011.
O motivo da rejeição foi a identificação de uma possível falha geológica ativa sob a unidade fora de operação. A Autoridade de Regulação Nuclear abrirá um período para comentários públicos sobre o relatório de avaliação antes de formalizar sua decisão, o que deve ocorrer no outono.
No Japão, onde há grande risco sísmico, é proibido construir reatores ou instalações de segurança importantes sobre falhas geológicas ativas.
A Japan Atomic Power Co. solicitou a revisão de segurança em novembro de 2015, com a intenção de reativar o reator. No entanto, uma equipe de revisão da NRA concluiu em julho deste ano que não era possível descartar a presença de uma falha ativa a cerca de 300 metros ao norte do prédio do reator, que poderia se estender até a área da instalação.
O processo de avaliação enfrentou problemas, incluindo a suspensão dos procedimentos devido à apresentação de documentos imprecisos e dados alterados sem aprovação pela Japan Atomic Power. A empresa reaplicou para a revisão em agosto do ano passado.
A usina de Tsuruga possui duas unidades, com o reator nº 1 programado para desativação. O reator nº 2, que iniciou suas operações comerciais em fevereiro de 1987, foi desligado em maio de 2011.
Desde a criação da NRA em 2012, o Japão implementou novos requisitos de segurança para prevenir acidentes similares ao desastre de Fukushima, causado por um terremoto e tsunami em março de 2011. Até o momento, 17 dos 27 reatores que passaram pela triagem de segurança em todo o país foram aprovados.
Kyodo News
