Com o aumento do turismo no Monte Fuji, especialmente após a pandemia, as províncias de Shizuoka e Yamanashi têm adotado medidas diferentes para lidar com o turismo excessivo e preservar o ambiente natural da montanha mais famosa do Japão. Enquanto Yamanashi implementou portões físicos para controlar o acesso, Shizuoka optou por uma solução alternativa baseada em taxas de serviço e aprendizado obrigatório.
Yamanashi: Portões e cobrança direta
Desde 2023, Yamanashi introduziu um sistema de controle físico na 5ª estação da trilha Yoshida, localizada em uma área sob jurisdição provincial. Foi construído um portão para limitar o acesso e cobrar uma taxa obrigatória de 2 mil ienes, além de 1 mil ienes como contribuição voluntária para preservação ambiental.
Quem deseja escalar a montanha deve pagar a taxa no portão, que serve tanto como entrada quanto como ponto de monitoramento. Isso dá a Yamanashi controle efetivo sobre o número de visitantes e garante a arrecadação dos recursos necessários para manutenção e preservação ambiental.
Shizuoka: Taxa por aprendizado obrigatório
Já Shizuoka, que administra três trilhas – Fujinomiya, Gotemba e Subashiri – em terras federais, enfrenta restrições legais que impedem a instalação de portões. Para contornar essa limitação, a província adotará, a partir do verão de 2025, a cobrança de 4 mil ienes vinculada a um programa de aprendizado obrigatório sobre segurança e boas práticas ambientais.
Após participar do treinamento, os escaladores receberão um certificado que deverá ser apresentado em fiscalizações. Diferentemente de Yamanashi, Shizuoka não terá barreiras físicas para impedir a entrada de quem não cumprir a exigência, o que levanta dúvidas sobre a eficácia da implementação.
Uma questão de preservação compartilhada
Apesar das diferenças, ambas as províncias compartilham o objetivo de preservar o Monte Fuji, um símbolo cultural e religioso do Japão que sofre com o impacto do turismo descontrolado. A UNESCO já alertou sobre a necessidade de medidas concretas para proteger a montanha, cuja condição atual é considerada insustentável.
Fonte: Liverdoor