A Toshiba Corp. anunciou nesta quinta-feira, 16, que cortará até 6% de sua força de trabalho no Japão. A empresa oferecerá pacotes de aposentadoria antecipada e reduzirá operações redundantes através da integração de subsidiárias. Esta é a primeira grande reforma desde que a empresa fechou seu capital no final do ano passado.
“Isso é necessário para garantir que a empresa sobreviva pelos próximos 100 anos”, disse Taro Shimada, presidente da Toshiba, em uma conferência de imprensa em Tóquio. O plano inclui a eliminação de 4.000 empregos, principalmente de funcionários com 50 anos ou mais, que trabalham em departamentos administrativos.
Foco em áreas de crescimento
A Toshiba direcionará seus recursos para áreas de crescimento, como semicondutores de potência para veículos elétricos, produtos de inteligência artificial e equipamentos de energia renovável. Além disso, quatro subsidiárias principais, que operam em setores como energia e infraestrutura, serão integradas para aumentar a eficiência.
Para melhorar a eficiência, a Toshiba consolidará suas sedes. As funções atualmente em Minato, Tóquio, serão transferidas para Kawasaki, na província de Kanagawa, encerrando a manutenção de duas sedes.
A saída da Toshiba do mercado de ações em dezembro, após uma aquisição de 2 trilhões de ienes por um consórcio liderado pela Japan Industrial Partners Inc., facilita decisões de gestão mais rápidas. “Agora, só precisamos consultar um único acionista, a JIP, em vez de lidar com a interferência de vários acionistas”, afirmou Shimada.
Resultados financeiros
No ano fiscal de 2023, encerrado em março, a Toshiba registrou um prejuízo líquido de 74,8 bilhões de ienes, revertendo um lucro de 126,6 bilhões de ienes no ano anterior. As vendas caíram 2%, para 3,29 trilhões de ienes, e o lucro operacional caiu 64%, para 39,9 bilhões de ienes.
Objetivos futuros
O plano de negócios de médio prazo da Toshiba pretende aumentar o lucro operacional para 380 bilhões de ienes no ano fiscal de 2026. A empresa também busca elevar sua margem operacional para 10% até 2026, comparado aos 1,2% de 2023, focando em semicondutores de potência e operações digitais.
Fonte: Kyodo News