As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nesta semana elevaram o número de vítimas fatais para 39, com 68 pessoas ainda desaparecidas, conforme os últimos dados divulgados pela Defesa Civil na noite de sexta-feira, 3 de maio. A situação também levou 32.248 pessoas a deixarem suas casas, buscando refúgio com familiares ou em abrigos disponibilizados pelo governo.
O governador Eduardo Leite (PSDB) alertou que esses números podem crescer à medida que as equipes de resgate consigam acessar áreas mais isoladas. “Esses números podem mudar ainda substancialmente nos próximos dias, conforme conseguimos acessar mais localidades e obter a identificação de outras vidas perdidas”, afirmou o governador.
Dos 496 municípios do estado, 235 registraram problemas relacionados aos temporais, afetando diretamente 351.639 pessoas.
Em resposta à crise, o estado foi declarado em estado de calamidade, permitindo que recursos federais sejam solicitados para assistência humanitária e reconstrução das áreas afetadas. O governo federal já enviou 100 integrantes da Força Nacional para auxiliar nas operações de resgate e salvamento, incluindo bombeiros, policiais federais e especialistas em resgate.
Os níveis dos rios continuam subindo, com o Rio Taquari e o Rio Guaíba sendo os mais afetados. O Rio Guaíba, em Porto Alegre, já ultrapassou os 4,5 metros, invadindo ruas e provocando alagamentos significativos na capital. A previsão é que o rio possa alcançar os 5 metros, ultrapassando o recorde de enchente de 1941.
Meteorologistas atribuem a severidade das chuvas a uma combinação de fenômenos climáticos exacerbados pelas mudanças climáticas, incluindo correntes intensas de vento e umidade proveniente da Amazônia. A previsão indica que as chuvas podem continuar até sábado, com volumes que podem somar até 400 milímetros.
Fonte: G1