O número de alpinistas no Monte Fuji caiu neste verão, após a implementação de novas medidas para proteger a montanha mais famosa do Japão. Com o objetivo de controlar o fluxo excessivo de turistas e preservar o ambiente, as autoridades introduziram uma taxa de entrada e limitaram o número de visitantes diários em uma das principais trilhas.
De acordo com dados preliminares do Ministério do Meio Ambiente, o número de pessoas que escalaram o Monte Fuji entre julho e o início de setembro de 2024 caiu 14% em comparação ao ano passado. No total, cerca de 178.000 alpinistas foram registrados, uma queda significativa em relação aos mais de 200.000 que subiram a montanha no ano anterior. Essa diminuição ocorreu mesmo com o aumento recorde de turistas estrangeiros no Japão em 2024, com quase 18 milhões de visitantes entrando no país apenas no primeiro semestre.
Para calcular os números, as autoridades usaram dispositivos infravermelhos instalados ao longo das quatro trilhas principais do Monte Fuji. A medida foi parte de um esforço mais amplo para lidar com o excesso de turistas, que tem causado preocupações tanto pela segurança dos visitantes quanto pelo impacto ambiental na montanha. Em 2023, o governador da província de Yamanashi declarou que o “Monte Fuji estava gritando” devido ao turismo descontrolado.
Este ano, uma taxa de 2.000 ienes foi cobrada na popular trilha Yoshida, com um limite de 4.000 alpinistas por dia. As outras trilhas continuaram gratuitas, mas o impacto dessas mudanças já é notável na redução da quantidade de pessoas nas encostas da montanha. Além disso, as reservas online foram introduzidas para evitar superlotação e melhorar a segurança.
As trilhas de caminhada foram fechadas oficialmente no início de setembro, marcando o fim da temporada de alpinismo. Os dados finais ainda serão revisados, mas as autoridades consideram as novas medidas eficazes para proteger o Monte Fuji e garantir uma experiência mais segura para os visitantes.
Fonte: Japan Today