Pesquisadores da Universidade de Osaka anunciaram um novo método para detectar câncer de pâncreas durante exames gástricos. A técnica utiliza um cateter modificado para coletar células pancreáticas ou DNA presentes no líquido que flui pelo duodeno, primeira parte do intestino delgado.
O professor Shinichi Yachida, da Faculdade de Medicina da instituição, explicou que a eficácia do método foi confirmada por meio de pesquisas clínicas com pacientes. Caso seja aplicado na prática, pode facilitar o diagnóstico precoce, um grande desafio no tratamento da doença.
Como funciona o teste?
Durante um exame de endoscopia, o cateter é inserido no duodeno e libera solução salina sobre a área papilar – região onde passam o suco pancreático e a bile. Em seguida, o líquido coletado é analisado em busca de mutações no gene KRAS, presentes na maioria dos casos de câncer pancreático.
Para garantir a coleta adequada, é necessário aplicar secretina, um hormônio que estimula a produção de suco pancreático. No estudo clínico, os pesquisadores usaram secretina sintética humana, aprovada nos Estados Unidos, mas ainda não disponível no Japão.
Expectativas para o futuro
O professor Yachida destacou que, se a substância for importada ou fabricada no Japão, o exame poderá ser incorporado às rotinas de check-up de pacientes de risco, como aqueles com histórico familiar da doença. Isso aumentaria as chances de detecção precoce e tratamento eficaz.
Fonte: Japan Times