Com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, que frequentemente ultrapassam os 30 graus Celsius no Japão, a preocupação com a saúde dos animais de estimação cresce significativamente. Mitsuko Kobayashi, uma renomada veterinária em Tóquio, alerta sobre o crescente número de casos de insolação em gatos, um problema que muitos donos de pets podem subestimar, especialmente em climas quentes.
Aumento nos casos de insolação
De acordo com dados da Anicom Insurance Inc., em 2023, foram relatados 1.624 casos de insolação envolvendo cães e gatos, um aumento notável em relação ao ano anterior. Mais de 60% desses casos ocorreram nos meses mais quentes de julho e agosto, indicando um risco elevado durante este período.
Fatores de risco para gatos
A Dra. Kobayashi, que dirige a clínica veterinária Cafelier, observou que, embora inicialmente raros, os casos de insolação em gatos têm aumentado desde 2020. Segundo a profissional, este aumento pode ser parcialmente atribuído ao calor extremo que temos experimentado e ao fato de muitos gatos viverem mais devido a estarem principalmente em ambientes internos, onde estão seguros de acidentes e doenças.
explica Kobayashi.
Gatos de raças puras, especialmente aqueles com características físicas como nariz achatado ou pelos longos, são particularmente vulneráveis. Essas características podem dificultar a dissipação de calor, aumentando o risco de insolação.
A temperatura ambiente ideal para gatos é de cerca de 28 graus Celsius com uma umidade relativa do ar entre 40% e 50%. No entanto, quando os proprietários estão fora, manter essas condições pode ser desafiador. A Dra. Kobayashi menciona casos em que gatos inadvertidamente desligaram o ar-condicionado, aumentando o risco de insolação.
Ela sugere algumas medidas preventivas:
– Permitir que os gatos se movimentem livremente pela casa para encontrar locais mais frescos.
– Disponibilizar água em vários pontos da casa para garantir hidratação adequada.
– Monitorar os sinais de insolação, como respiração ofegante e perda de apetite.
Primeiros socorros para insolação em gatos
Ao contrário dos cães, que ofegam abertamente quando sob calor excessivo, os gatos são mais reservados e podem não mostrar sinais óbvios até que a condição seja grave. Se um gato começar a respirar pela boca, pode ser um sinal de que ele já está sofrendo de insolação grave.
“Ao tentar resfriar um gato, nunca use água fria repentinamente, pois isso pode ser perigoso”, adverte Kobayashi. Em vez disso, recomenda-se envolver o gato em uma toalha úmida e usar um ventilador para baixar gradualmente a temperatura.
Vigilância é fundamental
A Dra. Kobayashi encerra com um conselho para os donos de gatos: “Mantenha vigilância constante sobre seus gatos até o início do outono. Como eles tendem a esconder doenças, é crucial observar qualquer mudança no comportamento que possa indicar mal-estar.”
Fonte: Mainichi