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Viagem de Lula ao Japão e Vietnã teve comitiva com 220 pessoas e custou mais de R$ 4,5 milhões aos cofres públicos

A viagem oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Japão e ao Vietnã, realizada no final de março, envolveu uma comitiva de pelo menos 220 pessoas e gerou um custo já registrado de R$ 4,54 milhões aos cofres públicos. Mesmo com o encerramento da missão há mais de um mês, o governo federal ainda não divulgou a prestação de contas completa da viagem.

Segundo levantamento feito a partir de dados do Diário Oficial da União, do Painel de Viagens do Ministério do Planejamento, do sistema de pagamentos Siafi e do sistema Siga Brasil, do Senado, essa foi a maior comitiva de Lula em seu terceiro mandato. Em viagens anteriores, como na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, em setembro de 2023, o número de integrantes foi inferior, cerca de 100 pessoas.

Na delegação ao Japão estavam 11 parlamentares e pelo menos 72 servidores de órgãos ligados à Presidência da República, como o Gabinete Pessoal, Secretaria de Comunicação (Secom), Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Casa Civil. Além disso, 112 integrantes formavam o chamado Escalão Avançado, grupo que viaja antes do presidente para preparar a logística da visita. A maioria desses servidores era composta por militares, funcionários do GSI e diplomatas do Itamaraty.

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, também fez parte da missão. Ela embarcou cinco dias antes do presidente, em 18 de março, a bordo do maior avião da Força Aérea Brasileira (FAB), um Airbus A330-200, com capacidade para 250 pessoas. Segundo a própria Janja, a antecipação teve como objetivo “economizar passagens”, já que acompanhou a equipe precursora e ficou hospedada na residência oficial do embaixador do Brasil no Japão.

Na volta ao Brasil, Janja voou na classe executiva em um voo comercial com o trecho Paris–São Paulo–Brasília. Os deslocamentos entre Tóquio, Paris e Brasil custaram R$ 60.210,58, conforme dados do Painel de Viagens.

Entre os integrantes da comitiva também estavam o fotógrafo oficial do presidente, Ricardo Stuckert, a médica pessoal de Lula e membros da equipe de apoio direto da primeira-dama. Mesmo com os questionamentos, a Secom informou que os nomes dos integrantes de comitivas técnicas e de apoio são classificados como “sigilosos” e não serão divulgados neste momento. A legislação permite que esse tipo de informação fique sob grau de sigilo por até cinco anos.

Os gastos individuais também chamam atenção. Márcio Elias Rosa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), teve despesas que somaram R$ 112,2 mil, entre passagens e diárias. O próprio ministério informou que as compras foram feitas por empresa contratada, com base em pesquisa de preços, e cobriram todos os trechos da missão internacional.

Outro caso de destaque é o do ex-ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), que participou da viagem antes de pedir demissão, em 8 de abril. Ele gastou R$ 99,6 mil com passagens e diárias. Além disso, levou dois assessores, cujos custos chegaram a R$ 106,9 mil.

Durante uma escala da comitiva no Alasca (EUA), os gastos com locação de veículos com motorista chegaram a R$ 397,8 mil. Também foram registrados R$ 77,9 mil em despesas com hospedagens no mesmo local.

Nesta semana, Lula embarcou para a Rússia, em sua 29ª viagem internacional desde que reassumiu a presidência. Apesar disso, os valores finais da viagem ao Japão e ao Vietnã ainda não foram apresentados integralmente pelo governo, e parte das informações continua fora do Painel de Viagens.

Fonte: O Estadão

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