O número de brasileiros que visitam o Japão aumentou em 60% desde que a exigência de visto para turistas foi suspensa, de acordo com o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi. Essa mudança, que completou um ano, facilitou o intercâmbio entre os dois países e promete fortalecer ainda mais os laços bilaterais. Segundo Hayashi, o aumento no fluxo de brasileiros ao Japão está diretamente relacionado ao fim da exigência de visto, o que tornou mais simples e acessível a viagem para as ilhas nipônicas, tanto para turistas quanto para estudantes.
As relações entre Brasil e Japão têm sido tema prioritário para o embaixador, especialmente com a proximidade dos 130 anos de diplomacia entre os dois países, a serem celebrados em 2025. Para marcar a data, estão sendo organizados diversos eventos culturais e turísticos, incluindo uma possível visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Japão no próximo ano. Além disso, o Brasil terá destaque na Expo Osaka, onde um pavilhão será dedicado à promoção da cultura brasileira.
Outro avanço importante nas relações bilaterais envolve a abertura do mercado japonês para a carne bovina brasileira. A questão foi tema de discussões durante a visita do então primeiro-ministro Fumio Kishida ao Brasil, em maio, e, segundo o embaixador, as negociações continuam evoluindo. Mesmo com a troca de primeiro-ministro no Japão, prevista para ocorrer agora em setembro, Hayashi garantiu que o compromisso do governo japonês de abrir o mercado à carne brasileira será mantido, destacando que as discussões são de natureza técnica e não devem ser impactadas pela mudança de liderança.
Além do comércio de carne, Hayashi mencionou o interesse crescente do Japão em colaborar com o Brasil no campo das energias renováveis. Com potencial significativo em áreas como etanol, energia solar e eólica, o Brasil é visto como um parceiro estratégico para o Japão, que possui tecnologia avançada para a produção e distribuição dessas energias. A colaboração entre os dois países promete trazer benefícios não só para as nações envolvidas, mas também para o mundo, especialmente no que se refere à produção de hidrogênio.
Fonte: CNN Brasil