O número de mulheres grávidas diagnosticadas com sífilis no Japão alcançou um pico histórico em 2023, revelam dados do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID). Com 383 casos confirmados entre gestantes, este é o número mais alto registrado desde que o instituto começou a incluir grávidas em suas estatísticas, em 2019.
Os dados do NIID também mostram um aumento no número total de casos de sífilis no país, com 14.906 casos registrados em 2023, o maior número desde 1999.
Especialistas apontam para a necessidade de maior conscientização e testagem, especialmente entre gestantes, para evitar complicações graves para os bebês, como perda auditiva ou deficiência intelectual, associadas à sífilis congênita.
A sífilis, uma infecção transmitida principalmente por contato sexual, pode causar sintomas como caroços nos órgãos genitais e na boca, além de erupções cutâneas pelo corpo. No entanto, um dado preocupante é que 75,2% das gestantes diagnosticadas em 2023 não apresentavam sintomas evidentes no momento do diagnóstico.
O diagnóstico precoce, possível através de exames de sangue durante os cuidados pré-natais, é fundamental para o tratamento eficaz da sífilis. O Prof. Hiroshige Mikamo, da Universidade Médica de Aichi e especialista em doenças infecciosas, enfatizou a importância do teste. “O teste de sífilis durante os exames de gravidez pode detectar a sífilis mesmo que a paciente seja assintomática, por isso queremos que [as mulheres grávidas] tenham certeza de que farão o teste. Se infectada, o tratamento antimicrobiano imediato pode reduzir o risco de transmissão de mãe para filho”, alertou.
Fonte: Japan News
