Dados recém-divulgados pelo governo japonês revelam que a população do país caiu para 124.352.000 em 1º de outubro, marcando o décimo terceiro ano consecutivo de declínio. Este fenômeno destaca os desafios contínuos enfrentados pelo Japão, incluindo uma taxa de natalidade em queda e o rápido envelhecimento da população.
Segundo a pesquisa demográfica conduzida pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicações, o número de cidadãos japoneses reduziu em 837.000 em um ano, chegando a 121.193.000, a maior queda registrada desde o início das estatísticas comparáveis em 1950.
O grupo etário de 75 anos ou mais viu um aumento de 713.000 pessoas, totalizando aproximadamente 20,08 milhões, ultrapassando 20 milhões pela primeira vez na história do país. Este crescimento contrasta com a diminuição do número de jovens (de zero a 14 anos), que caiu 329.000, representando apenas 11,4% da população total — o menor valor já registrado.
As estatísticas mostram também que a faixa etária de 15 a 64 anos, considerada a força de trabalho principal do país, diminuiu em 256.000, agora compreendendo 59,5% do total da população.
Por outro lado, a população estrangeira residente no Japão aumentou em 243.000, alcançando cerca de 3,16 milhões de pessoas. Este número inclui trabalhadores e estudantes estrangeiros que permaneceram no país por mais de 90 dias.
Entre as 47 províncias japonesas, apenas Tóquio registrou um aumento populacional pelo segundo ano consecutivo, o que pode refletir uma tendência de centralização na capital.
Projeções do Instituto Nacional de População indicam que até 2050, os lares unipessoais deverão representar 44,3% dos 52,61 milhões de domicílios no Japão. Além disso, uma proporção significativa destes lares será composta por idosos de 65 anos ou mais. A pesquisa aponta ainda que um grande número de idosos que vivem sozinhos em 2050 nunca terão se casado.
Fonte: Mainichi
