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Introdução ao Man’Yougana – Conhecendo mais as características da língua japonesa

Mergulhar na língua japonesa é como embarcar em uma viagem fascinante através de uma paisagem repleta de história, cultura e inovação. Uma das paradas mais intrigantes nesta jornada é o Man’yōgana, uma forma antiga de escrita que desempenhou um papel vital na formação do sistema de escrita japonês como o conhecemos hoje.

O Man’yōgana é uma técnica de escrita japonesa arcaica que usava caracteres chineses para representar a língua japonesa de maneira fonética, muito antes de os sistemas de escrita Katakana e Hiragana existirem. Embora possa parecer um assunto distante e acadêmico, entender o Man’yōgana nos ajuda a entender melhor a complexidade e a evolução da linguagem japonesa, bem como a interconexão entre a linguagem e a cultura.

Neste artigo, faremos um mergulho profundo no mundo do Man’yōgana, explorando sua história, suas características distintas, e como ele deu origem aos sistemas de escrita que são a base da língua japonesa moderna.

Então, se você tem interesse em linguística, é um estudante de japonês ou simplesmente um amante da cultura e história japonesas, continue lendo para descobrir mais sobre essa forma fascinante de escrita!

O Que é Man’Yōgana?

O Man’Yōgana é uma antiga forma de escrita japonesa que utilizava caracteres chineses para representar a pronúncia das palavras japonesas. Imagine se você quisesse escrever em português, mas só tivesse caracteres do alfabeto inglês. Você usaria esses caracteres para representar os sons do português, e não seus significados em inglês. É mais ou menos assim que o Man’Yōgana funciona.

Esse sistema foi usado durante o Período Nara (710-794 d.C.) e o Período Heian (794-1185 d.C.) do Japão, e é particularmente famoso por ter sido usado na compilação poética Man’yōshū, de onde deriva seu nome.

O Man’Yōgana é um componente essencial na história da linguagem japonesa porque serviu de base para os sistemas de escrita Kana (Hiragana e Katakana) que são amplamente usados na língua japonesa moderna. Então, embora não usemos mais o Man’Yōgana hoje, ele deixou uma marca duradoura na forma como os japoneses escrevem e falam.

A Origem do Man’Yōgana

A origem do Man’Yōgana remonta ao Período Nara do Japão, que ocorreu entre os anos 710 e 794 d.C. Durante esse período, a cultura chinesa tinha uma grande influência sobre o Japão, e os japoneses começaram a adotar caracteres chineses para a escrita.

Naquela época, a língua japonesa não tinha um sistema de escrita adequado para expressar todos os sons do idioma. Os caracteres chineses eram usados principalmente para representar os significados das palavras, mas como a pronúncia das palavras japonesas era diferente do chinês, eles começaram a utilizar esses caracteres para representar os sons da língua japonesa também.

No entanto, como os caracteres chineses têm uma estrutura silábica diferente da língua japonesa, não era possível corresponder exatamente os sons japoneses aos caracteres chineses. Portanto, os japoneses começaram a usar caracteres chineses com base nas semelhanças fonéticas e não nos seus significados.

Essa técnica de usar caracteres chineses para representar a pronúncia das palavras japonesas ficou conhecida como Man’Yōgana. A palavra “Man’yō” se refere à coletânea de poesia Man’yōshū, onde esse sistema foi amplamente utilizado.

Embora o Man’Yōgana tenha sido um precursor importante para a escrita japonesa moderna, com o tempo, novos sistemas de escrita, como o Hiragana e o Katakana, foram desenvolvidos para melhor representar a língua japonesa. No entanto, a origem do Man’Yōgana é fundamental para entender a evolução da linguagem e escrita japonesas ao longo dos séculos.

Como Funciona o Man’Yōgana

O Man’Yōgana funciona como um sistema de escrita em que os caracteres chineses são utilizados para representar a pronúncia das palavras japonesas. É como se cada caractere chinês fosse usado como um “modelo” fonético para representar um som específico em japonês.

No Man’Yōgana, um mesmo caractere chinês pode ser utilizado para representar diferentes palavras ou sons em japonês. Por exemplo, um único caractere poderia representar tanto o som “ka” como o som “ko”, dependendo da palavra em que ele fosse usado. Essa representação fonética era baseada na similaridade dos sons entre a língua japonesa e a pronúncia chinesa correspondente.

Como os caracteres chineses foram originalmente desenvolvidos para representar a língua chinesa, e não o japonês, essa correspondência não era perfeita. Por isso, o Man’Yōgana tinha suas limitações e nem sempre conseguia capturar completamente todos os sons da língua japonesa.

Com o tempo, os japoneses perceberam a necessidade de desenvolver um sistema de escrita mais adequado à sua língua, que pudesse representar todos os sons japoneses de forma mais precisa. Assim, surgiu o Hiragana e posteriormente o Katakana, que são os sistemas de escrita silábicos usados no japonês atual.

Embora o Man’Yōgana não seja mais utilizado hoje em dia, ele desempenhou um papel fundamental na evolução da escrita japonesa, fornecendo a base para o desenvolvimento dos sistemas de escrita que são amplamente usados atualmente.

A Transição do Man’Yōgana para o Kana

Durante o Período Heian (794-1185 d.C.), surgiu o Hiragana. O Hiragana foi criado a partir da simplificação dos caracteres do Man’Yōgana. Inicialmente, era usado principalmente por mulheres para escrever textos informais, como diários e correspondências pessoais. Com o tempo, o Hiragana se tornou mais amplamente aceito e passou a ser usado para vários tipos de escrita.

Durante o mesmo período, também foi desenvolvido o Katakana. O Katakana foi criado a partir de partes de caracteres chineses, adaptados para representar a pronúncia das palavras estrangeiras e nomes próprios, especialmente de origem chinesa ou ocidental. Hoje em dia, o Katakana é amplamente utilizado para transcrever palavras estrangeiras no japonês.

À medida que o Hiragana e o Katakana ganharam popularidade, eles se tornaram os sistemas de escrita mais utilizados no Japão. O Hiragana passou a ser usado para representar palavras e sons nativos japoneses, enquanto o Katakana era usado para palavras estrangeiras e nomes próprios.

O Man’Yōgana continuou a ser usado durante algum tempo em paralelo com o Hiragana e o Katakana. No entanto, gradualmente, o Man’Yōgana caiu em desuso e foi substituído pelos sistemas de escrita Kana, que eram mais simples e eficientes para representar os sons do idioma japonês.

Hoje em dia, o Hiragana e o Katakana são essenciais na escrita japonesa. Eles são usados em conjunto com os caracteres chineses, conhecidos como Kanji, para formar o sistema de escrita complexo e único do japonês.

A transição do Man’Yōgana para o Kana foi um marco importante na evolução da escrita japonesa, tornando-a mais adequada e adaptada à língua japonesa.

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